terça-feira, 12 de junho de 2012


Comunidade IFBA (Campus Vitória da Conquista),
Entre os dias 04 e 06/06/2012 foi realizada a SEMANA DO MEIO AMBIENTE no nosso Campus. É com imensa alegria que a Comissão organizadora do Evento vem compartilhar com toda a comunidade IFBA o sucesso desses três dias de discussão em torno do tema “POR UMA CONQUISTA SUSTENTÁVEL”. Contamos com uma rica programação composta por palestras, mini-cursos, mesa redonda, dança, desfile de roupas feitas com material reciclável e uma bela caminhada até a Lagoa das Bateias, onde ocorreram atividades recreativas e de Educação Ambiental. Tivemos a participação de mais de 200 pessoas só em mini-cursos. Entre os colaboradores de outras instituições, contamos com a participação de representantes da UNEB, UESB, EMBASA, SE MMA, COOPMAC , CREA, INEMA, IFBA (Campus Porto Seguro), IFBA (Rondônia) e CAMAPET (Salvador).
Contamos ainda com a colaboração de vários servidores e estudantes daqui do Campus Vitória da Conquista, que não mediram esforços em contribuir para que fosse possível a realização do nosso Evento, como palestrantes, ministrantes de mini-cursos e oficinas, monitores, recreadores, organizadores da exposição de painéis, participantes da comissão de julgamento do desfile de roupas com material reciclável, disponibilização dos recursos audiovisuais, divulgação do evento, pessoal técnico administrativo que viabilizou a compra de material e a vinda de pessoas de fora. Gostaríamos de deixar nosso especial agradecimento a:
- Direção geral (Paulo Marinho)
- Diretoria de Ensino (Durval e Ruas)
- Diretor Administrativo (Maribaldo)
- Cássio Viana (Departamento de Administração)
- Pessoal do Setor de compras (José Olímpio, Luciano e Reni)
- Pessoal do Setor de Comunicação Social (Renata e Tâmara)
- Pessoal do setor de pagamento (Jane e Cida)
- José Alves (Reserva de espaços, liberação de veículos e de motoristas)
- Setor de Informática (Dante)
- Setor de Audiovisual (Raimil, Celmário e Ramon)
- Pessoal terceirizado (limpeza, segurança e motoristas).
- Professores: Leonardo Barreto, Adenilde Souza, Deyna Âreas, Glauber Barros, Tácio Luís, Alberto, Elane Correa, Wdson, Graziela, Marcos Ferreira e o Coral de alunos do IFBA, Tamara Carpes e Sérgio Magalhães. Desculpe-nos se nos esquecermos de alguém, mas isso só mostra que realmente contamos com a ajuda de muita gente.
- Alunos de todos os Cursos Integrados, Subsequente (Meio Ambiente) e Superior de Engenharia Ambiental.
Gostaríamos de salientar que sem a colaboração e a boa vontade de todos vocês, certamente o nosso evento não teria o mesmo brilho. Queremos contar com o mesmo apoio para os próximos anos, que com certeza, serão ainda melhores.
Segue uma homenagem a todos vocês através de um clip da canção “O SAL DA TERRA” - de Beto Guedes e Ronaldo Bastos. Um verdadeiro poema de amor e repeito ao Meio Ambiente para a humanidade. Acesse o link  (vale à pena!):


“Vamos precisar de todo mundo
Um mais um é sempre mais que dois”


Que Deus abençoe a todos!
Atenciosamente,

COMISSÃO ORGANIZADORA DO EVENTO
Professores
Nelma Bispo Silva

quarta-feira, 30 de maio de 2012

A idéia de sustentabilidade: Entrevista com Enrique Leff


O economista mexicano Enrique Leff, coordenador da Rede de Formação Ambiental para a América Latina e Caribe do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e professor do Curso de Doutorado em Meio Ambiente e Desenvolvimento da Universidade Federal do Paraná, fala a Página 22 sobre significados e interpretações da ideia de sustentabilidade.
O senhor acredita que, juntamente com a disseminacão da ideia de sustentabilidade, tem havido uma banalização e uso indevido da expressão?  Isso enfraquece e esvazia o valor da sustentabilidade, ou faz parte do processo de entendimento da ideia e de aprimoramento das práticas por parte da sociedade? Acredito efetivamente que a disseminação da ideia de sustentabilidade veio acompanhada de uma saturação do seu sentido, e com ela uma banalização e também perversão do seu conceito.  Além do fato de estar ocorrendo um esvaziamento do sentido de sustentabilidade, devemos compreender este processo como efeito de um desvio e ocultamento por parte dos que não estão interessados em acreditar no sentido da sustentabilidade e tentam seguir desconhecendo as leis de limite da natureza.  Apesar de o conceito de sustentabilidade nascer da crise ambiental como uma crise civilizatória de insustentabilidade ecológica da racionalidade econômica, ele não se traduz em uma nova consciência planetária capaz de desconstruir esta racionalidade insustentável e de recompor o mundo por meio da instauração de um novo conceito.  A sustentabilidade nasce no campo teórico-prático emergente da ecologia política e em torno deste novo conceito se estabelece uma verdadeira disputa de sentidos que abrem vias diferenciadas de reconstrução civilizatória.
Em sustentabilidade, cabem inúmeras interpretações e são feitas diversas apropriações e usos.  Esse entendimento difuso é prejudicial ou não?  Como afeta a implementação de ações práticas?  É preciso maior objetividade e detalhamento?  Se sim, de que forma isso deve ser buscado? Com efeito, no termo “sustentabilidade” cabem diversas interpretações que não só se desprendem da polissemia deste conceito novo, como das estratégias teóricas, conceituais e discursivas que se constroem para sustentar esses significados.  Não se trata simplesmente de que o conceito tenha se tornado difuso – coisa que também acontece ao não configurar-se seu sentido em teorias, programas e ações sociais coerentes – , mas de que ao final se fazem diferentes definições através de estratégias discursivas de apropriação do conceito.  A sustentabilidade adquire diferentes conotações dentro de diferentes paradigmas científicos, assim como dentro de diferentes estratégias teórico-políticas de construção da sustentabilidade.  Assim, podemos ao menos diferenciar o sentido economicista de desenvolvimento sustentável do sentido conservacionista ou preservacionista de sustentabilidade ecológica.  Destas interpretações, não só se deduz um conjunto de implicações éticas, mas que estas orientam diferentes práticas políticas na construção de novas racionalidades dentro das quais a sustentabilidade configura seus sentidos.
Estas diferenças e divergências conceituais não são claramente distinguíveis quando se usa um mesmo termo para designar significados diferenciados.  Pois se em espanhol podemos distinguir o desenvolvimento sustentável (sostenible) – como a via economicista de apropriar-se da sustentabilidade – de um conceito de desenvolvimento sustentável (sustentable), associado a uma racionalidade ambiental, em língua inglesa ambos os conceitos se confundem com o termo sustainable development, e em língua portuguesa com o “desenvolvimento sustentável”.  De maneira que somente a coerência de uma teoria ou de um discurso poderiam definir o sentido de uso destes termos.
Não se trata, pois, de resolver esse problema de definição mediante uma normativa do conceito, como uma purificação dos sentidos, e menos ainda através de um falso esforço por unificar seu significado.  Trata-se de compreender que a construção da sustentabilidade se produz em um jogo de estratégias discursivas da sustentabilidade que são, ao final, estratégias de poder no saber e que levam a uma confrontação de sentidos teóricos, políticos, éticos dos conceitos.  Sugerimos que a sustentabilidade (que é um desideratum, no sentido de apostar pela sustentabilidade da vida) será resultante de um diálogo de saberes que aceita e acolhe a alteridade não-resolvida dos sentidos diferenciados de sustentabilidade.
Quando falamos em sustentabilidade, estamos falando em sustentar exatamente o que, considerando que a humanidade já vive numa espécie de “cheque especial” em termos de exploração dos recursos naturais? Falamos, em princípio, da necessidade de dar sustentabilidade a uma racionalidade econômica que externalizou, objetivou, coisificou e finalmente negou a natureza; de incorporar bases, critérios e condições ecológicas na economia, para construir uma economia sustentável.  Quer dizer, se trata de construir um conceito que evite dar um cheque em branco à economia para mercantilização e exploração da natureza.  Mas os sentidos de sustentabilidade vão além da ecologização da economia.  No entanto, a economia resiste a incorporar a alteridade do ambiente e busca estender sua racionalidade a todos os âmbitos da vida e do ser, codificando e valorizando a natureza – os bens e serviços ambientais, a biodiversidade e a vida – em termos de mercado.
Em sentidos mais radicais, que se referem à sustentabilidade da vida, não se trata só de conservar a biodiversidade, mas de abrir caminhos para regenerar e fortalecer os sentidos da vida humana, para gerar condições de sustentabilidade desde os mesmos sentidos da vida.  Hoje se pede não somente uma ética da sustentabilidade, como a dos povos indígenas ao reivindicar seus direitos de organizar seus modos de vida – e inclusive de reverter a mudança climática – até os sentidos de bem estar.
Trata-se de uma construção social que haverá de se definir em um conjunto de práticas e ações pensadas, onde o pensamento haverá de conduzir a ação através da forma como as ideias, os conceitos e os imaginários sejam apropriados, no duplo sentido da palavra: apropriados para uma reconstrução dos vínculos entre cultura e natureza, entre economía e ecologia; e apropriados, quero dizer, incorporados nos marcos teóricos, os imaginários sociais e as estratégias políticas dos atores sociais da sustentabilidade.

disponível em http://pagina22.com.br/index.php/2010/07/entrevista-enrique-leff/ (acesso em 30 de Maio de 2012)

terça-feira, 29 de maio de 2012

Esclarecimentos sobre as inscrições

Prezados visitantes,

Estamos muito felizes pela receptividade de todos ao nosso evento. Isso mostra como nossa comunidade está comprometida, com o meio ambiente e com a ciência. Por gentileza, continuem nos ajudando a divulgar as atividades. Tivemos algumas dificuldades com as inscrições que já foram sanadas, e pedimos que se orientem conforme as seguintes instruções:

  • Os minicursos Ensaios ecotoxicológicos nos estudos de impacto ambiental e



29 de Maio - Dia do Geógrafo: Aziz Ab'saber e o Meio Ambiente

Hoje, no dia do Geografo, apresentamos um dos maiores cientistas da contemporaneidade: o geógrafo Aziz Ab'Saber (USP). Em Dezembro de 2011, o também notório geógrafo Ruy Moreira (UFF-RJ) em uma palestra feita em um evento de Geografia na UESB (Conquista) afirmou ser Ab'Saber uma das maiores referências para a ciência como um todo, mas sobretudo para a Geografia do Brasil  para a discussão sobre a crise ambiental contemporânea. Em 1992, o Prof. Dr. Aziz Ab'Saber discutiu os propósitos da Rio 92, fazendo duras críticas ao evento, aos países capitalistas desenvolvidos, e ao comportamento destrutivo das sociedades. O professor previa já antes da Rio 92 que a questão ambiental, após a realização do evento, se tornaria uma discussão muito mais ampla que o discurso do movimento ambientalista. Essa é uma entrevista histórica, que merece ser vista e revista por todos os interessados no tema. 


Infelizmente, em 15 de Maio de 2012, Ab'Saber faleceu em sua casa, após um longo legado de pesquisa sobre Geografia do Brasil, Meio Ambiente e Educação Ambiental. Era presidente de honra da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), foi consultor para assuntos do Meio Ambiente do governo Lula, do qual se afastou por não concordar com a forma como a questão ambiental era gerenciada, inclusive fazendo oposição ao novo código florestal. "Ab’saber foi autor de publicações importantes nas áreas de ecologia, biologia evolutiva, fitogeografia, geologia, arqueologia e geografia e acumulou prêmios como o Jabuti, Prêmio Unesco pela Ciência e Meio Ambiente, o Prêmio Almirante Álvaro Alberto para Ciência e Tecnologia (1999), concedido pelo Ministério da Ciência e Tecnologia e a Medalha de Grão-Cruz em Ciências da Terra pela Academia Brasileira de Ciências. Tem uma obra extensa sobre os ecossistemas brasileiros e é responsável por criar uma de suas classificações" (Revista Caros Amigos).

Espero que gostem!

segunda-feira, 28 de maio de 2012

EcoEstilo: moda consciente

Lembranças do Ecoestilo 2011:





Agora é a sua vez: 

Desfile e concurso de roupas feitas  de materiais recicláveis na SEMANA DO MEIO AMBIENTE DO IFBA
PARTICIPE!
Inscreva sua arte, faça sua moda e desfile sua beleza com consciência!
smaifba.blogspot.com (inscrições online)

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Sistema para o controle da erosão em áreas agrícolas


Erosão é a destruição do solo e das rochas e seu transporte, em geral feito pela água da chuva, pelo vento ou, ainda, pela ação do gelo, quando expande o material no qual se infiltra a água congelada. A erosão destrói as estruturas (areias, argilas, óxidos e húmus) que compõem o solo. Estas são transportados para as partes mais baixas dos relevos e em geral vão assorear cursos d'água.
A erosão é um problema muito sério, devem ser adaptadas práticas de conservação de solo para minimizar o problema.
Em solos cobertos pela vegetação a erosão é muito pequena e quase inexistente, mas é um processo natural sempre presente e importante para a formação dos relevos. O problema ocorre quando o homem destrói as vegetações, para uso agrícola e deixa o solo exposto, porque a erosão torna-se severa, e pode levar a desertificação.
Muitas ações devidas ao homem apressam o processo de erosão, como por exemplo:
  • os desmatamentos (desflorestamentos) desprotegem os solos das chuvas.
  • o avanço imobiliário em encostas que, além de desflorestar, provocam a erosão acelerada devido ao declive do terreno.
  • as técnicas agrícolas inadequadas, quando se promovem desflorestações extensivas para dar lugar a áreas plantadas.
  • a ocupação do solo, impedindo grandes áreas de terrenos de cumprirem o seu papel de absorvedor de águas e aumentando, com isso, a potencialidade do transporte de materiais, devido ao escoamento superficial.

Habitações Sustentáveis


Uma grande vantagem de tornar sua casa mais sustentável é que ao ajudar o planeta você também terá uma ajuda para a diminuição de suas contas de energia.
Há muita informação sobre como economizar dinheiro, por medidas simples, tais como montagem de projetos, que pode abrir portas para as opções mais extremas, pequenos furos no jardim para seu próprio abastecimento de água, esses são alguns exemplos.
Em geral, aplica-se para novas casas em construções, com algum impacto sobre as extensões, mas se você já tiver um prédio, ainda é possível trabalhar no sentido de criar um lar sustentável. Uma casa sustentável é aquela que não se usa nada durante a construção ou uma vez em uso, que prejudique o meio ambiente.
A meta principal é reduzir as emissões de CO2, que se acredita ser a principal causa das alterações climáticas. A casa verdadeiramente neutra em carbono pode ser ainda um pouco distante, mas há maneiras de reduzir significativamente o seu impacto ambiental em qualquer tipo de imóvel que você possui.

Ensaios ecotoxicológicos nos estudos de impacto ambiental



O termo Ecotoxicologia foi cunhado por René Truhaut em 1969, que o definiu como sendo "o ramo da toxicologia preocupado com o estudo de efeitos tóxicos causados por poluentes naturais ou sintéticos, sobre quaisquer constituintes dos ecossistemas: animais (incluindo seres humanos), vegetais ou microorganismos, em um contexto integral" (Truhaut, 1977).
A ecotoxicologia - um dos ramos da ecologia - estuda os efeitos e as influências de agentes tóxicos sobre diversos níveis de organização biológica: celular, individual, populacional, da comunidade e do ecossistema, compreendendo três áreas fundamentais de estudo:
  • Estudo das emissões e ingresso dos poluentes no ambiente, assim como sua distribuição e destino;
  • Estudos qualitativos e quantitativos dos efeitos tóxicos dos poluentes no ecossistemas e no homem;
  • Estudo do ingresso e destino dos poluentes na biosfera, enfatizando a contaminação das cadeias alimentares.

Oficina de Origami e Aproveitamento de Papel

Para produzir 1 tonelada de papel são necessárias 2 a 3 toneladas de madeira, uma grande quantidade de água (mais do que qualquer outra atividade industrial), e muita energia (está em quinto lugar na lista das que mais consomem energia). O uso de produtos químicos altamente tóxicos na separação e no branqueamento da celulose também representa um sério risco para a saúde humana e para o meio ambiente – comprometendo a qualidade da água, do solo e dos alimentos. O alto consumo de papel e seus métodos de produção insustentáveis endossam o rol das atividades humanas mais nocivas ao planeta. O consumo mundial cresceu mais de seis vezes desde a metade do século XX, segundo dados do Worldwatch Institute, podendo chegar a mais de 300 kg per capita ao ano em alguns países. E na esteira do consumo, cresce também o volume de lixo, que é outro sério problema em todos os centros urbanos. Para contornar a situação, algumas saídas têm sido apontadas, como a utilização de madeira de reflorestamento, para frear a derrubada nas poucas áreas remanescentes de matas nativas, a redução do emprego de cloro nos processos de fabricação e a reciclagem do papel. Porém, mesmo com essas medidas, e ao contrário do que as indústrias procuram estampar nos rótulos de seus produtos, ainda estamos muito longe de alcançar uma produção limpa e sustentável. 
Origami (do japonês: 折り紙, de oru, "dobrar", e kami, "papel") é a arte tradicional e secular japonesa de dobrar o papel, criando representações de determinados seres ou objetos com as dobras geométricas de uma peça de papel, sem cortá-la ou colá-la. O origami usa apenas um pequeno número de dobras diferentes, que no entanto podem ser combinadas de diversas maneiras, para formar desenhos complexos. Geralmente parte-se de um pedaço de papel quadrado, cujas faces podem ser de cores ou estampas diferentes, prosseguindo-se sem cortar o papel. A técnica do origami é uma excelente opção de aproveitamento de papel, além de ser uma arte, e em muitos casos uma terapia que explora a disciplina, coordenação e a criatividade

Minicurso Qualidade da Água

qualidade da água é um conjunto de características físicas, químicas e biológicas que ela apresenta, de acordo com o a sua utilização. Os padrões de classificação mais usados pretendem classificar a água de acordo com a sua potabilidade, a segurança que apresenta para o ser humano e para o bem estar dos ecossistemas.
Assim, de acordo com a sua utilização, existe um conjunto de critérios e normas para a qualidade da água, que variam com a sua finalidade, seja ela consumo humano, uso industrial ou agrícola, lazer ou manutenção do equilíbrio ambiental.
Sendo um recurso comum a todos, foi necessário, para a proteção dos corpos d'água, instituir restrições legais de uso. Desse modo, as características físicas e químicas da água devem ser mantidas dentro de certos limites, os quais são representados por padrões, valores orientadores da qualidade de água, dos sedimentos e da biota (Resoluções Conama nº 357/2005, Conama nº 274, Conama nº 344/2004, e Portaria N° 518, do Ministério da Saúde).

Os ecossistemas aquáticos incorporam, ao longo do tempo, substâncias provenientes de causas naturais , sem nenhuma contribuição humana, em concentrações raramente elevadas que, no entanto, podem afetar o comportamento químico da água e seus usos mais relevantes. Entretanto, outras substâncias lançadas nos corpos d'água pela ação antrópica, em decorrência da ocupação e do uso do solo, resultam em sérios problemas de qualidade de água, que demandam investigações e investimentos para sua recuperação.



Minicurso Lixo Eletrônico

Resíduo eletrônico ou lixo eletrônico, conhecidos pelo acrônimo de REEE (Resíduo de Equipamentos Eletro Eletrônicos) é o termo utilizado para qualificar equipamentos eletroeletrônicos descartados ou obsoletosA definição inclui computadorestelevisoresgeladeirascelulares, entre outros dispositivos. Os REEE, se descartados de forma inadequada, constituem-se em um sério risco para o meio ambiente, pois possuem em sua composição metais pesados altamente tóxicos, como mercúrio,cádmioberílio e chumbo, além de outros compostos químicos como os BFRs (Brominated Flame Retardants). Em contato com o solo, os metais pesados contaminam o lençol freático; se queimados, os BFRs liberam toxinas perigosas. Portanto, a manipulação e processamento dos REEE, de forma incorreta e desprotegida, contamina os seres humanos que executam estas tarefas e o meio ambiente à sua volta. 

Minicurso Licenciamento Ambiental


O licenciamento ambiental é uma obrigação legal prévia à instalação de qualquer empreendimento ou atividade potencialmente poluidora ou degradadora do meio ambiente. Essa obrigação é compartilhada pelos Órgãos Estaduais de Meio Ambiente e pelo Ibama, como partes integrantes do SISNAMA (Sistema Nacional de Meio Ambiente). O Ibama atua, principalmente, no licenciamento de grandes projetos de infra-estrutura que envolvam impactos em mais de um estado e nas atividades do setor de petróleo e gás na plataforma continental. 
As principais diretrizes para a execução do licenciamento ambiental estão expressas na Lei 6.938/81 e nas Resoluções CONAMA nº 001/86 e nº 237/97. Além dessas, recentemente foi publicado a Lei Complementar nº 140/2011, que discorre sobre a competência estadual e federal para o licenciamento, tendo como fundamento a localização do empreendimento.

Minicurso Educação Ambiental

No Brasil, a Educação Ambiental assume uma perspectiva mais abrangente, não restringindo seu olhar à proteção e uso sustentável de recursos naturais, mas incorporando fortemente a proposta de construção de sociedades sustentáveis. Mais do que um segmento da Educação, a Educação em sua complexidade e completude.
A educação ambiental tornou-se lei em 27 de Abril de 1999. A Lei N° 9.795 – Lei da Educação Ambiental, em seu Art. 2° afirma: "A educação ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-formal.
A educação ambiental tenta despertar em todos a consciência de que o ser humano é parte do meio ambiente. Ela tenta superar a visão antropocêntrica, que fez com que o homem se sentisse sempre o centro de tudo esquecendo a importância da natureza, da qual é parte integrante.Desde muito cedo na história humana para sobreviver em sociedade, todos os indivíduos precisavam conhecer seu ambiente. O início da civilização coincidiu com o uso do fogo e outros instrumentos para modificar o ambiente, devido aos avanços tecnológicos, esquecemos que nossa dependência da natureza continua.
"A educação ambiental é a ação educativa permanente pela qual a comunidade educativa têm a tomada de consciência de sua realidade global, do tipo de relações que os homens estabelecem entre si e com a natureza, dos problemas derivados de ditas relações e suas causas profundas. Ela desenvolve, mediante uma prática que vincula o educando com a comunidade, valores e atitudes que promovem um comportamento dirigido a transformação superadora dessa realidade, tanto em seus aspectos naturais como sociais, desenvolvendo no educando as habilidades e atitudes necessárias para dita transformação."

Oficina Bijouterias com Garrafa Pet

Politereftalato de etileno, ou PET, é um polímerotermoplástico, desenvolvido por dois químicos britânicos Whinfield e Dickson em 1941, formado pela reação entre o ácido tereftálico e o etileno glicol, originando um polímero, termoplástico. Utiliza-se principalmente na forma de fibras para tecelagem e de embalagens para bebidas. Possui propriedades termoplásticas, isto é, pode ser reprocessado diversas vezes pelo mesmo ou por outro processo de transformação. 
Quando aquecidos a temperaturas adequadas, esses plásticos amolecem, fundem e podem ser novamente moldados. 
Uma garrafa PET demora no meio ambiente cerca de 400 anos para se degradar. Por isso é altamente relevante pensar a reciclagem desse material, tendo em vista as diversas vantagens e os problemas com sua decomposição no meio ambiente:


  • Redução do volume de lixo nos aterros sanitários e melhoria nos processos de decomposição de matérias orgânicas nos mesmos. O PET acaba por prejudicar a decomposição pois impermeabiliza certas camadas de lixo, não deixando circularem gases e líquidos.
  • Economia de petróleo pois o plástico é um derivado.
  • Economia de energia na produção de novo plástico.
  • Geração de renda e empregos.
  • Redução dos preços para produtos que têm como base materiais reciclados.
  • No caso do PET de 2 litros, a relação entre o peso da garrafa (cerca de 54g) e o conteúdo é uma das mais favoráveis entre os descartáveis. Por esse motivo torna-se rentável sua reciclagem.
  • O material não pode ser transformado em adubo. Plástico e derivados não podem ser usados como adubo, pois não há bactéria na natureza capaz de degradar rapidamente o plástico.
  • É altamente combustível, com valor de cerca de 20 Megajoules/quilo , e libera gases residuais como monóxido e dióxido de carbono, acetaldeído, benzoato de vinila e ácido benzóico. Esses gases podem ser usados na indústria química.
  • É muito difícil a sua degradação em aterros sanitários
    .

Minicurso Biodigestores


Biodigestor é um equipamento usado para a produção de biogás – uma mistura de gases produzida por bactérias que digerem matéria orgânica em condições anaeróbicas. A matéria orgânica utilizada na alimentação do biodigestor pode ser resíduos de produção vegetal (poda, palha, folhas, etc), de produção animal (esterco e urina) ou da atividade humana (fezes, urina e lixo doméstico). O biogás produzido pode ser usado como combustível, para cozinhar em residências rurais próximas ao local de produção, no aquecimento de instalações para animais ou de estufas de produção vegetal. Também pode ser usado para a geração de energia elétrica, através de geradores elétricos acoplados a motores de explosão adaptados ao consumo de gás.